Três convivas debatem à volta de uma mesa, no intervalo dos pratos e da bebida, e falam sobre a utilidade da Razão na atualidade.
Para que serve aquilo a que os Gregos chamavam logos? Começam a discutir o valor e o significado do ato de pensar. Afinal pensar é agir. Partem de diferentes argumentos, têm diferentes histórias, distintas ideias e referências, mas coincidem quanto ao valor supremo da liberdade e da justiça. Platão na República define-a como virtude e sabedoria, por oposição à injustiça, que para o filósofo é o mesmo que maldade e ignorância. À volta da mesa tomam entretanto lugar vários advogados que entram na conversa. Estão habituados a conflitos e a dissidências, a contratos e desavenças, aos movimentos das paixões e dos interesses. Coisas que só se podem governar com as leis do pensamento. Claro que tudo isto também podia fazer parte do enredo de um daqueles grandes filmes que mostram a teia de relações entre a inocência e a culpa, ou o jogo das hipóteses. Ou ainda a ambiguidade dos factos, a subtileza das provas, e a dúvida sobre as consequências.
A TELLES vai dar expressão a este encontro plural numa série de cinco conversas desassombradas. Para nós trata-se também de corresponder às preocupações inscritas na responsabilidade social de um respeitado projeto nacional de advocacia, e por isso atento à importância e ao valor da cultura numa época marcada pela velocidade, pela vertigem tecnológica, por contradições permanentes, e por mutações contínuas das categorias ontológicas e existenciais de ser e de estar. Acreditamos que com estas conversas podemos ficar mais próximos uns dos outros. E claro dos nossos clientes.
Nesta época em que a racionalidade universal da modernidade foi substituída por razoabilidades dispersas e localizadas, quando assistimos à transferência do real para o virtual, à generalização das desconfianças, e a noção de crise parece instalar-se nos vocabulários mediáticos que marcam o compasso do mundo, procurar o conhecimento pode ser uma atitude desassombrada. Porque é no dizer que se afirmam as convicções. No debate com honestidade. Debater sempre, para o discurso poder realmente demonstrar com verdade.
O que tem a dizer um filósofo, Diogo Pires Aurélio e um crítico literário, cinematográfico e dramaturgo, Pedro Mexia, sobre O Entendimento?
A esta conversa, moderada por Eduardo Paz Barroso, juntar-se-á Rodrigo Rocha de Andrade que irá colocar em cima da mesa a importância e o impacto deste tema na sua profissão.
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