José Miguel Albuquerque, associado sénior da área de Direito do Desporto da TELLES e atual Presidente da Associação Portuguesa de Direito Desportivo (APDD), fala à Agência Lusa, sobre eventuais consequências para os clubes nacionais, presentes em competições europeias, em caso de adiamento de jogos já agendados por falta de policiamento.
O advogado da TELLES, especializado em direito do desporto, antecipa que, caso sejam esgotados os mecanismos regulamentares de reagendamento de jogos europeus, "os clubes possam vir a ser punidos com a sanção de derrota se não houver um jogo em Portugal a contar para qualquer competição europeia por ausência de policiamento. Isso implicaria mexer com os calendários de equipas que jogam em outros campeonatos, mas que não terão necessariamente de se reajustar. Eu acredito que seja possível que a competição pura e simplesmente siga em frente. Não é que fosse o cenário ideal, mas também não vejo solução".
Num período em que os protestos das forças de segurança, que reivindicam a valorização da categoria profissional, se tem acentuado, José Miguel de Albuquerque acrescentou que “as forças da autoridade podem e devem fazer lutas pelos direitos que entenderem, mas poderiam ter feito isso de outra forma, nomeadamente antecipando logo que não haveria jogo nem polícias destacados, pelo que nem valeria a pena alguém se dirigir para ali. Se calhar, teríamos evitado alguns dos problemas e imagens que vimos. Não quero com isto dizer que a ausência de polícias justifica aqueles comportamentos. É óbvio que não, mas teríamos evitado toda a deslocação dessa massa de pessoas para um sítio que se torna rapidamente num contexto de risco e insegurança”.
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